Você sabe como é ser professor no Brasil? Você recomendaria ou estimularia seus filhos ou parentes a ser professor? No episódio de hoje vamos começar a compreender o que um professor no Brasil vivencia.
No EnsineCast desta semana recebemos dois professores da educação básica para falar de suas vivências, dificuldades e motivações: Edson Silva e Neydson Santana.
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Ser professor no Brasil realmente é uma tarefa no mínimo complexa. Todos os dias, milhares de professores Brasil afora, das creches ao ensino superior enfrentam inúmeras adversidades: baixos salários, pouca valorização do ponto de vista de reconhecimento, uma jornada de trabalho exaustiva, políticas públicas que ignoram o professor como agente central da construção de um país. Muitos desses milhares já estão cansados, muitos estão explodindo em vontade e energia, muitos estão esgotados, mas ainda querem algo melhor para seus alunos e sua profissão.
A profissão professor não fornece lucros financeiros imediatos, visíveis no ambiente escolar, num país retrógrado, que prima pelo imediatismo e que insere a lógica de mercado até na educação, com certeza uma profissão em que o resultado é visto em décadas seria deixada em segundo plano. Um professor deveria ser o protagonista da construção de um país, pois afinal, o que um professor faz não é apenas preparar pessoas para o mercado de trabalho, mas também para aprender o gosto pela leitura, pelo conhecimento e sabedoria.
Ser professor pode nos ensinar que lidar com pessoas pode ser algo fantástico. Poder dialogar com diversas opiniões, perspectivas de mundo e vivências em um espaço dedicado para isso pode nos ajudar a ser uma pessoa mais sábia todos os dias. Ser professor significa que sua sabedoria será construída em parceria com seus colegas professores, com os autores vivos e não vivos de centenas de livros e principalmente, com seus alunos. Assim, um docente se constrói na sua ação sobre as dificuldades, erros, desafios e interações, na sua bravura ao encarar ao buscar soluções para uma educação formal em crise.
Referências do episódio:
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